Prólogo
Uma estória em três capítulos... O conto de Lewis Carroll - a despeito da categoria "infantil - pode ser considerado um dos mais ricos já contados! É como um "chute" no nosso frágil senso de realidade. É o pensamento exposto em sua plena desordem, é o nosso... "infinito particular" (depois de meia-hora de tentativas com sinônimos, desisto: não há nenhuma construção tão rica de sentido, obrigada Lispector).
Enfim... é uma lógica quase matemática sob um aspecto quase infantil...
Pura filosofia!
Capítulo I - Perseguindo Coelhos em um Mundo Maluco
...Quando devemos entender que o coelho simboliza nossas frágeis escolhas e o mundo maluco é apenas... o mundo!
"Se as coisas pudessem ser como eu quero, tudo seria diferente: o que é não seria e o que não fosse, acabaria sendo..."
Persigo um coelho que brada aos quatro ventos que está atrasado, quando na verdade não se deu conta que o relógio está parado! Não sei bem para onde ele vai, nem exatamente onde quer chegar, mas o sigo... e apenas sei que se quiser alcançá-lo preciso correr!
De repente me vejo no mundo onde o que não é, é e o que é, não é: mas não era bem o que eu imaginava! Definitivamente, não tenho controle sobre esse mundo! Vivo altos e baixos e acabo me afogando em minhas próprias lágrimas de uma maneira quase inimaginavelmente literal.
Me sinto por vezes perdida, confusa e tão diferente de tudo e de todos... Acabo sendo obrigada a ser tantas diferentes em uma só que, volta e meia, preciso parar para tentar me lembrar de quem sou - e não tenho lá tanto êxito.
Não raro perco o sr. Coelho de vista... e me lembro
das tantas coisas importantes que deixei para trás para seguí-lo e me parece tudo tão longe...
Não sei se volto ou se continuo... o que valerá a pena?
A multiplicidade de caminhos num mundo que para mim parece cada vez mais maluco...
"Quando não se sabe para onde vai... pouco importa que caminho escolher"
TO BE CONTINUED...